quarta-feira, setembro 23, 2009

RED LIGHT | SONORIDADES PERVERSAS




Proibido para menores de 18 anos



Red Light é o termo internacional criado para designar um bairro ou a área de um bairro dedicada à indústria do sexo. Um local que concentra sex shops, strip clubs, sex clubs e, claro, pessoas interessdas nesse tipo de coisa. Em lugares como Amsterdã, onde a prostituição é descriminalizada, o conceito Red Light traz consigo a promessa de prazer sexual sem culpa, atraindo milhares de pessoas, de todos os sexos e orientações sexuais. Inclusive brasileiros.

O projeto Red Light – Sonoridades Perversas surge como a provocação bem-humorada de três cariocas: os DJs Renato Bastos e Pedro Piu e o jornalista Gilberto de Abreu. Juntos, eles pretendem unir arte e música em prol do entretenimento. O evento estréia no próximo dia 6, às 23h, tendo como cenário o restaurante Atlântico, em Copacabana.




A idéia é pegar emprestado certa atitude horny dos red lights, e promover no Rio uma noite focada em pequenas subversões. E como uma pitada de sexo não faz mal a ninguém, algumas surpresas podem surgir durante a noite, sejam elas performances ou intervenções artísticas.

A residência do projeto fica com Renato Bastos e Pedro Piu, que receberão convidados especiais a cada noite. A primeira noite será marcada pela participação dos DJs Flow&Zeo, da agência Tropical Beats, e pelas comemorações pelo terceiro ano do blog Supergiba, arte contemporânea, publicado por Gilberto. As edições seguintes também contarão com DJs da Tropical Beats: Ricardo Estrella (dia13), Matera (dia 20) e Flutuance (dia 27). 


Serviço:
Red Light – Sonoridades Perversas: Festa com os DJs Renato Bastos e Pedro Piu (residentes) e DJs convidados (Tropical Beats) + intervenções artísticas, com curadoria de Gilberto de Abreu. Atlântico (Av. Atlântica 3880, Copacabana, Tel.: 21 2513 2485). Consumação mínima: R$ 15 (lista amiga) e R$ 30 (preço normal).

terça-feira, setembro 08, 2009

Já viu um Estúdio Móvel Experimental? Se joga aqui que você vê!



É começa hoje a rolar pelo Estado do Rio!
Um veículo customizado, o Estúdio Móvel Experimental, percorrerá diversos pontos do Estado do Rio de Janeiro a partir de hoje. Artistas e pesquisadores residentes no EME visitarão municípios do estado, bem como festivais de arte, mídia e exposições.
Através deste projeto multidisciplinar pretende-se enfatizar a conscientização ambiental, histórica e artística do Estado do Rio de Janeiro.Uma das funções do projeto é alcancar público por meio de intervenções urbanas, publicações, documentação e interação utilizando plataformas de novas mídias como internet e redes sociais.
O contéudo coletado pelos artistas será disponibilizado na rede pela Polvo Comunicação Estratégica, do jornalista Gilberto de Abreu, autor do Supergiba. 
Música para este post: Mutantes. 
Fonte: Polvo Comunicação Estratégica

quinta-feira, setembro 03, 2009

Uma outra Londres...

 
Le Cool's Weird and Wonderful Guides

 A Le Cool magazine é mais do que uma revista eletrônica que ninguém deve perder. De bares a restaurantes, música, cinema, show, livros... O guia, a cada semana, dedica-se a mostrar o que é novo e o que mudou em: Londres, Madri, Amsterdã, Moscou, Barcelona, Budapeste, Istambul e Lisboa. 


Nesta edição,  lugares "secretos e nem tão secretos" da capital londrina são visitados pelo editor. Através dos olhos de dois Suecos, em visita pela cidade, descobre uma londres que até mesmo ele desconhecia, mas que vale a pena desvendar. Além disso, pontos turisticos ganham um novo olhar através destes dois estranhos na cidade que ferve de novidades por segundo.

Música para este post: The Clash! Só escolher... 
Foto do site Le Cool.

terça-feira, setembro 01, 2009

Outra "Lei Seca"...

"Don´t get me wrong. If you say "hello" and I take a ride...
Tradução: Não me leve a mal se você disser olá...e eu pegar uma carona...(Sei que tinha posto uma antes...mas...pensando bem achei que esta tem mais sentido com o artigo que a anterior)


Não é sobre sexo este post. Apesar de que pode estar envolvido. Não é só a preocupação em beber ou não, quando você sai, ainda mais motorizado. Existe outra Lei Seca que tem dificultado as saídas sociais. A "Lei Seca" da Comunicação. E, nos vemos em blitz sem fim pela cidade.

Vivemos na era da Informação e conhecimento, e, no entanto, o contra-senso: falta comunicação ou ela falha.  Isso sem contar que a comunicação é tão simples que mesmo as crianças aprendem sem terem sido ensinadas.

Muita gente acha que comunicar, trocar, ou seja qual for a definição para uma boa conversa - física ou virtual - é simplesmente dizer alguma coisa. E, muitas vezes, apenas retornar ao interlocutor. Educação? Pergunto: Do que adianta se o receptor não entendeu a mensagem? E ainda por cima não a absorveu. Talvez o caso aqui seja o mais recorrente. As pessoas estão realmente interessadas em se comunicar?

Um exemplo simples: Já tentou dar "bom dia" ao seu vizinho sem parecer que está dizendo um palavrão? Não se joga mais conversa fora, e se jogar,cuidado com o que pode vir de volta. O jogo de palavras fica mais confuso do que as palavras- cruzadas dos jornais.

Não digo que seja necessária uma conversa inteligente, mas pelo menos interessante. Não pensem, com isso, que não gosto de uma boa piada. Muitas pessoas sensíveis e inteligentes comunicam-se bem em situações profissionais, mas não na intimidade. Uma de suas funções, a de aproximar e revelar, se perde nas entrelinhas. E o assunto se resume à inutilidade pública da vida alheia. "Vamos para um papo mais leve, e menos cabeção" , como os mais jovens costumam dizer.

Li em um site, recentemente, que: “A comunicação aumenta a possibilidade de semelhança entre as pessoas, porque intensifica as trocas e, também, de colaborarem para a consecução de um objetivo.”

Ai reside o problema maior na falha ou falta de comunicação que é cometida todos os dias. Qual é o Objetivo? Na minha ida aos bares, centros culturais, jantares e festas, meu  intuito é trocar informação. É sair de casa e voltar com uma idéia diferente, com um novo pensamento entre outras tantas novidades. Eu saio de casa com o objetivo de somar. Mas o que tenho percebido é que as pessoas querem mesmo é subtrair. Seria essa a matemática da vida?

Se você estiver sozinha então no meio da multidão, nem se fala. Talvez as pessoas estejam tão estressadas com o meio, que as conversas hoje ganham ares de puro “material biodegradável”. Nem mesmo reciclar o tal “material” fica possível. Parece que estão imersos em uma bolha de proteção aos “agentes externos”. E, querem se entorpecer mais e mais do perfume saído de palavras. Que retornam ao ambiente... inebriando-o de um ar vago. Daqueles que saem pela janela sem dono nem destino.

Tenho uma amiga que ao final de cada frase, dependendo do receptor, ela usa o jargão: Pronto falei! Viu, a frase não precisa só de pontuação para ter a função de comunicar uma verdade ou opinião. Precisa de um pouco mais.

Nas relações já iniciadas, o problema é ainda maior. Isso sem esquecer que o receptor certas vezes consegue, cientificamente, o improvável. Uma ligação direta entre os ouvidos, em que a mensagem chega e sai do outro lado sem sequer passar entre outros órgãos no meio do caminho.

Outras vezes, o interlocutor não sabe o que quer dizer, ou melhor, quer e não quer dizer. Envia sua mensagem escolhendo um jogo de palavras em que até ele se perde. Transformando a conversa num labirinto, caça-palavras, enigma sem fim. Isto acontece com mais freqüência nos diálogos entre homens e mulheres, nas baladas, ficadas, pós-ficadas, nos namoros, casamentos e separações. Onde me parece o objetivo é se conhecer. Será?

Estudos revelam que 55% do resultado de um contato decorre de nossa linguagem corporal, ou seja, de nosso comportamento físico, como gestos, sorriso e  expressão facial; 38% é resultado de nosso tom de voz e da maneira como nos expressamos; e apenas 7% tem a ver com as palavra que usamos. Imagine então as conversas em chats, celulares e MSN. Ao meu ver, nos tempos modernos, estamos tão preguiçosos que nossa linguagem corporal se transformou num grande emaranhado de emoticons, os tons são quase ringtones e as palavras se resumiram a siglas. 

Mensagens como os exemplos abaixo, ganharam ares puramente metafóricos. Por isso, fique alerta.

1- ” Foi ótimo ter te conhecido” - Legal mais fica pra próxima. Não, não quero ter contato com você.
2- ” Te ligo amanhã“ - Pode ser nunca, talvez ou quem sabe algum dia.
3-“Fico com os discos do Bob Marley” - Quero que você se ferre, logo isso não vai com você.
4- "A fulana não sabe sequer usar o vestido com a bolsa" - Olha estou com falta de assunto.


Citando Oliver Wendell Homes, célebre jurista, tenho a impressão que nos perdemos no meio da estrada. Tomamos algum atalho demasiado escondido.

“Quando duas pessoas estão conversando, há, a rigor, seis pessoas envolvidas: Primeiro você, como eu penso que você é; e depois, eu, como você pensa que eu sou. Depois há como você pensa que é e, eu, como eu penso que sou. E, finalmente, mais duas: cada um de nós como realmente somos”.

Confuso? Calma...

Oliver pode ter toda a razão, mas esquecemos os que nossas sábias avós diziam: “uma boa conversa pode fazer milagres”. É, apesar de aqui estar em nossas mãos... parece que duvidamos de nossa própria “intervenção divina”.  

*Para ler ouvindo... Don´t get me wrong, dos Pretenders.
Foto de: Chris Prado