sábado, janeiro 23, 2010

Vejo Flores em Vocês



Nota: Este post abaixo é bem antigo. Ficou guardado quase no fundo do baú. O final de ano foi puxado em mudanças. No meu vai e vem pra Capital Paulista... dá pra ver que a cidade me conquistou. Endereço definitivo, casa nova e fresquinha em 2010. Sou a mais nova carioca em Sampa. Amando descobrir uma flor em cada esquina das ruas da Vila Olímpia. 

Saudades do Rio? Bate no peito. Ai, é só ligar o Skype! ;)


ONDE TUDO COMEÇOU...EM 2009


Tenho ido com bastante freqüência para a capital paulista. E, tenho que confessar... aquele fuzuê me encanta. Sei que todas às vezes, as comparações entre a minha cidade natal e o centro econômico do país, são como diria o carioquês: "De Lei". Entretanto, não podemos deixar de olhar com olhos de Caetano e Rita Lee para esta cidade.


É um charme esquisito, confesso. Você anda de Carro e quando fala em caminhar o paulista se assusta. Pode ser ir ali na esquina. Percebi que isso tem mudado um pouco. Será a quantidade de cariocas em exílio econômico na capital?  Vejo amigos comentando de bairros Paulistas charmosos que lembram: Ipanema, Leblon, Copacabana... São Paulo que recebe muitos de nós está se modificando para agradar a estes novos residentes, e encantando a si próprio. Vamos combinar que nisso eles são bons. Tem sempre um restaurante que lembra a atmosfera daquele bistrozinho que a gente adora ir no Rio. A padaria charmosa. O boteco cult. A lojinha de cacarecos. E, cada vez mais bairros onde a novidade é que se faz tudo a pé. Já o Rio... nada precisa fazer pra agradar os Paulistas. Será?


Um segredo: melhorar o serviço. É vamos ser sinceros. Neste quesito, o Rio peca! Apesar disso... é só eles chegarem que se sentem em casa. O carioca é assim... fala, fala, fala, mais acolhe e bem. E, o Paulista adora o mimo do Carioca.


Assim como dá prazer em ver um Carioca na Oscar Freire, dá prazer em ver um Paulista na praia. No quiosque, amarradão de bermuda sem camisa (mesmo que esteja frio e chovendo) e tranquilão... pedindo mais.


Se você diz: vamos embora o sol acabou.
Ele diz: mais tá o maior calor.


Em Sampa, você se perde e muito. No Rio, você se perde para se encontrar. O Rio é feito de charme natural. São Paulo inventa. De tão cinza, a cidade destaca sempre um pequenino detalhe que te chama à atenção no meio da Selva de Pedra e do trânsito infernal. O Rio é para Fora. São Paulo para dentro.Entretanto, cada vez mais tenho visto os amigos sugerirem restaurantes e bares, digamos... O mais aberto possível. É viciamos eles. A cidade "indoor" se modifica à medida que prova cada vez mais o "outdoor" carioca. Uma diferença forte continua, o trabalho. Paulista respira trabalho. Carioca tenta. Desculpe, mais é verdade. Em Sampa, você é o que você faz. No Rio, onde você freqüenta, onde mora e tudo mais que a imaginação e criatividade do carioca permitir.



Por exemplo, em Sampa minha cunhada não é a Renata. Ela é a Rê da Johnson & Johnson. O apelido vem automático. "O que você faz?" é sempre uma das primeiras duas perguntas. No Rio, o Cláudio é o Claudinho do posto 9, Maluco, moranguinho, chambinho, chokito, mancha e por aí vai. Nunca ouvi alguém dizer: Ah, o Claudinho da KPMG. Geralmente, quando é associação com alguma empresa, tem que ser de diversão: Claudinho do Jobi, do Londra, do Bar do Copa, da Absolut, do RedBull.


Sampa é feita de poesia concretista. O Rio de Samba. Uns podem discordar, outros não. Assim são os cariocas e paulistas. Gostamos de cutucar, não é mesmo?! Um é o centro econômico. O outro, a cidade Maravilhosa. Imagina se as duas fossem uma só? Seria impossível para o resto do Brasil. É verdade os opostos se atraem. E, com o trem bala surgindo, além da ponte - aérea... acho até que elas se completam. 


Música para este post: Todas do João Gilberto...escolhe
Foto da Galeria de Martin Lissmyr




quarta-feira, setembro 23, 2009

RED LIGHT | SONORIDADES PERVERSAS




Proibido para menores de 18 anos



Red Light é o termo internacional criado para designar um bairro ou a área de um bairro dedicada à indústria do sexo. Um local que concentra sex shops, strip clubs, sex clubs e, claro, pessoas interessdas nesse tipo de coisa. Em lugares como Amsterdã, onde a prostituição é descriminalizada, o conceito Red Light traz consigo a promessa de prazer sexual sem culpa, atraindo milhares de pessoas, de todos os sexos e orientações sexuais. Inclusive brasileiros.

O projeto Red Light – Sonoridades Perversas surge como a provocação bem-humorada de três cariocas: os DJs Renato Bastos e Pedro Piu e o jornalista Gilberto de Abreu. Juntos, eles pretendem unir arte e música em prol do entretenimento. O evento estréia no próximo dia 6, às 23h, tendo como cenário o restaurante Atlântico, em Copacabana.




A idéia é pegar emprestado certa atitude horny dos red lights, e promover no Rio uma noite focada em pequenas subversões. E como uma pitada de sexo não faz mal a ninguém, algumas surpresas podem surgir durante a noite, sejam elas performances ou intervenções artísticas.

A residência do projeto fica com Renato Bastos e Pedro Piu, que receberão convidados especiais a cada noite. A primeira noite será marcada pela participação dos DJs Flow&Zeo, da agência Tropical Beats, e pelas comemorações pelo terceiro ano do blog Supergiba, arte contemporânea, publicado por Gilberto. As edições seguintes também contarão com DJs da Tropical Beats: Ricardo Estrella (dia13), Matera (dia 20) e Flutuance (dia 27). 


Serviço:
Red Light – Sonoridades Perversas: Festa com os DJs Renato Bastos e Pedro Piu (residentes) e DJs convidados (Tropical Beats) + intervenções artísticas, com curadoria de Gilberto de Abreu. Atlântico (Av. Atlântica 3880, Copacabana, Tel.: 21 2513 2485). Consumação mínima: R$ 15 (lista amiga) e R$ 30 (preço normal).

terça-feira, setembro 08, 2009

Já viu um Estúdio Móvel Experimental? Se joga aqui que você vê!



É começa hoje a rolar pelo Estado do Rio!
Um veículo customizado, o Estúdio Móvel Experimental, percorrerá diversos pontos do Estado do Rio de Janeiro a partir de hoje. Artistas e pesquisadores residentes no EME visitarão municípios do estado, bem como festivais de arte, mídia e exposições.
Através deste projeto multidisciplinar pretende-se enfatizar a conscientização ambiental, histórica e artística do Estado do Rio de Janeiro.Uma das funções do projeto é alcancar público por meio de intervenções urbanas, publicações, documentação e interação utilizando plataformas de novas mídias como internet e redes sociais.
O contéudo coletado pelos artistas será disponibilizado na rede pela Polvo Comunicação Estratégica, do jornalista Gilberto de Abreu, autor do Supergiba. 
Música para este post: Mutantes. 
Fonte: Polvo Comunicação Estratégica

quinta-feira, setembro 03, 2009

Uma outra Londres...

 
Le Cool's Weird and Wonderful Guides

 A Le Cool magazine é mais do que uma revista eletrônica que ninguém deve perder. De bares a restaurantes, música, cinema, show, livros... O guia, a cada semana, dedica-se a mostrar o que é novo e o que mudou em: Londres, Madri, Amsterdã, Moscou, Barcelona, Budapeste, Istambul e Lisboa. 


Nesta edição,  lugares "secretos e nem tão secretos" da capital londrina são visitados pelo editor. Através dos olhos de dois Suecos, em visita pela cidade, descobre uma londres que até mesmo ele desconhecia, mas que vale a pena desvendar. Além disso, pontos turisticos ganham um novo olhar através destes dois estranhos na cidade que ferve de novidades por segundo.

Música para este post: The Clash! Só escolher... 
Foto do site Le Cool.

terça-feira, setembro 01, 2009

Outra "Lei Seca"...

"Don´t get me wrong. If you say "hello" and I take a ride...
Tradução: Não me leve a mal se você disser olá...e eu pegar uma carona...(Sei que tinha posto uma antes...mas...pensando bem achei que esta tem mais sentido com o artigo que a anterior)


Não é sobre sexo este post. Apesar de que pode estar envolvido. Não é só a preocupação em beber ou não, quando você sai, ainda mais motorizado. Existe outra Lei Seca que tem dificultado as saídas sociais. A "Lei Seca" da Comunicação. E, nos vemos em blitz sem fim pela cidade.

Vivemos na era da Informação e conhecimento, e, no entanto, o contra-senso: falta comunicação ou ela falha.  Isso sem contar que a comunicação é tão simples que mesmo as crianças aprendem sem terem sido ensinadas.

Muita gente acha que comunicar, trocar, ou seja qual for a definição para uma boa conversa - física ou virtual - é simplesmente dizer alguma coisa. E, muitas vezes, apenas retornar ao interlocutor. Educação? Pergunto: Do que adianta se o receptor não entendeu a mensagem? E ainda por cima não a absorveu. Talvez o caso aqui seja o mais recorrente. As pessoas estão realmente interessadas em se comunicar?

Um exemplo simples: Já tentou dar "bom dia" ao seu vizinho sem parecer que está dizendo um palavrão? Não se joga mais conversa fora, e se jogar,cuidado com o que pode vir de volta. O jogo de palavras fica mais confuso do que as palavras- cruzadas dos jornais.

Não digo que seja necessária uma conversa inteligente, mas pelo menos interessante. Não pensem, com isso, que não gosto de uma boa piada. Muitas pessoas sensíveis e inteligentes comunicam-se bem em situações profissionais, mas não na intimidade. Uma de suas funções, a de aproximar e revelar, se perde nas entrelinhas. E o assunto se resume à inutilidade pública da vida alheia. "Vamos para um papo mais leve, e menos cabeção" , como os mais jovens costumam dizer.

Li em um site, recentemente, que: “A comunicação aumenta a possibilidade de semelhança entre as pessoas, porque intensifica as trocas e, também, de colaborarem para a consecução de um objetivo.”

Ai reside o problema maior na falha ou falta de comunicação que é cometida todos os dias. Qual é o Objetivo? Na minha ida aos bares, centros culturais, jantares e festas, meu  intuito é trocar informação. É sair de casa e voltar com uma idéia diferente, com um novo pensamento entre outras tantas novidades. Eu saio de casa com o objetivo de somar. Mas o que tenho percebido é que as pessoas querem mesmo é subtrair. Seria essa a matemática da vida?

Se você estiver sozinha então no meio da multidão, nem se fala. Talvez as pessoas estejam tão estressadas com o meio, que as conversas hoje ganham ares de puro “material biodegradável”. Nem mesmo reciclar o tal “material” fica possível. Parece que estão imersos em uma bolha de proteção aos “agentes externos”. E, querem se entorpecer mais e mais do perfume saído de palavras. Que retornam ao ambiente... inebriando-o de um ar vago. Daqueles que saem pela janela sem dono nem destino.

Tenho uma amiga que ao final de cada frase, dependendo do receptor, ela usa o jargão: Pronto falei! Viu, a frase não precisa só de pontuação para ter a função de comunicar uma verdade ou opinião. Precisa de um pouco mais.

Nas relações já iniciadas, o problema é ainda maior. Isso sem esquecer que o receptor certas vezes consegue, cientificamente, o improvável. Uma ligação direta entre os ouvidos, em que a mensagem chega e sai do outro lado sem sequer passar entre outros órgãos no meio do caminho.

Outras vezes, o interlocutor não sabe o que quer dizer, ou melhor, quer e não quer dizer. Envia sua mensagem escolhendo um jogo de palavras em que até ele se perde. Transformando a conversa num labirinto, caça-palavras, enigma sem fim. Isto acontece com mais freqüência nos diálogos entre homens e mulheres, nas baladas, ficadas, pós-ficadas, nos namoros, casamentos e separações. Onde me parece o objetivo é se conhecer. Será?

Estudos revelam que 55% do resultado de um contato decorre de nossa linguagem corporal, ou seja, de nosso comportamento físico, como gestos, sorriso e  expressão facial; 38% é resultado de nosso tom de voz e da maneira como nos expressamos; e apenas 7% tem a ver com as palavra que usamos. Imagine então as conversas em chats, celulares e MSN. Ao meu ver, nos tempos modernos, estamos tão preguiçosos que nossa linguagem corporal se transformou num grande emaranhado de emoticons, os tons são quase ringtones e as palavras se resumiram a siglas. 

Mensagens como os exemplos abaixo, ganharam ares puramente metafóricos. Por isso, fique alerta.

1- ” Foi ótimo ter te conhecido” - Legal mais fica pra próxima. Não, não quero ter contato com você.
2- ” Te ligo amanhã“ - Pode ser nunca, talvez ou quem sabe algum dia.
3-“Fico com os discos do Bob Marley” - Quero que você se ferre, logo isso não vai com você.
4- "A fulana não sabe sequer usar o vestido com a bolsa" - Olha estou com falta de assunto.


Citando Oliver Wendell Homes, célebre jurista, tenho a impressão que nos perdemos no meio da estrada. Tomamos algum atalho demasiado escondido.

“Quando duas pessoas estão conversando, há, a rigor, seis pessoas envolvidas: Primeiro você, como eu penso que você é; e depois, eu, como você pensa que eu sou. Depois há como você pensa que é e, eu, como eu penso que sou. E, finalmente, mais duas: cada um de nós como realmente somos”.

Confuso? Calma...

Oliver pode ter toda a razão, mas esquecemos os que nossas sábias avós diziam: “uma boa conversa pode fazer milagres”. É, apesar de aqui estar em nossas mãos... parece que duvidamos de nossa própria “intervenção divina”.  

*Para ler ouvindo... Don´t get me wrong, dos Pretenders.
Foto de: Chris Prado

segunda-feira, agosto 31, 2009

Caixas de Correio nos dias atuais.

Há alguns dias venho checando minha caixa de correios. Confesso que não era algo que fazia com rotina quando era casada. Explico. Nem mesmo a chave da tal portinha eu carregava comigo. Vacilo? Talvez. A tal caixa me assustava só de olhar pra ela. Já sabia o que estaria lá a minha espera. E, se tinha alguém afoito por receber suas revistas, pra quê o trabalho. Certo? Sei... errado!

O que tenho encontrado por lá... 

Contas
Algo que quando casada eram administradas por um dos conjugues. Neste caso, não era eu. E,  não despertava meu interesse em buscá-las. Apenas a contribuição financeira era minha. Eu sei. Onde estava com a cabeça? Mais este é assunto pra outro post. 
Convites mil
Sim devido ao meu trabalho, não é um... mais vários por semana. O que pode levar você a pensar que a minha vida é uma "festa". Lamento decepcioná-lo, mas quando se tem que ir a uma "festa" não por escolha, esta não deveria ser a palavra para descrever o acontecimento. 
Catálogos e mais catálogos
Mais uma vez o trabalho. Acredito que todas as marcas nacionais e internacionais achem que consumo o mundo. Às vezes, confesso ficar triste por ter o envelope em cima de minha mesa e só abri-lo meses depois. Penso no trabalho daquela gente, e me envergonho do meu ato. Toda a ação de marketing jogada no incinerador. O impacto nenhum. Então medito: será que a ação foi bem executada? Parei com isso! 
Folhetos de Super, Farmácia e afins do Bairro
Confesso que este material me agrada, e por vezes me distrai. Chega ali alguma informação que vale. Seja de utilidade, seja pra somar... O velho jornal de bairro de distribuição gratuita. Como o evento que fui do campeonato da terceira idade de Buraco. Ou seria canastra? Não. Não ria. O campeonato em si era chato mais observar a alegria naqueles rostinhos enrugados, deixa qualquer um de bom humor. São lições de vida. Naquela tarde de sexta, numa praça em copa, foi um programão. 
Heranças Postais
Nada mais são que revistas masculinas e cartas de clube de futebol, cujo verdadeiro destinatário, ainda não atualizou seu próprio e novo endereço para entrega correta junto às editoras. Fazem-me companhia entre um café da manhã e outro... e me levam a crer que na verdade quem as escreve são mulheres. Sinceramente, o mundo masculino acredita nos artigos destas publicações? E, as noticias do clube? Bom, não faço a menor idéia.

Há alguns dias me deparei com minha corrida para a tal caixinha. Pensei que há onze meses venho colhendo eu mesma estas "pérolas" postais. Foi quando me dei conta que a minha ida a tal caixinha tinha um quê de esperança em um objeto quase extinto. Uma carta.

Onde estão as cartas? Será que ainda existem? Será que o carteiro sabe? Ou com tanta atividade virtual, as caixas de correio e o tal objeto extinto ganharam outra caixa?

A virtual... A Inbox: do computador, do smartphone e até mesmo na caixa postal do telefone fixo.

Na ausência da mesma, tomei uma resolução de mudança, e escrevi para uma velha amiga. São anos de convivência em debates e afins.  Algo raro nos dias de hoje, em que as relações são tão descartáveis, continuamos apesar da distância a mesma amizade. Fiquei abismada em ver minha caligrafia. Lembrei até daqueles cadernos com linhas que guiam as letras numa corrida em formar as palavras. E, o silêncio. Nenhum tec. tec. Só o deslizar macio da tinta, e aquele cheiro de fresco.

Ao ir ao correio me deparei com a escolha do selo. Inúmeros. Lembrei até que com nove anos tive uma coleção de tais objetos de arte gráfica. Carta registrada e expressa enviada. Aguardei os dias da semana com um interesse atroz pela tal caixinha,  e claro, uma resposta.

Uma semana se passou... e nada. Pensei... será que o carteiro perdeu? Ele bem poderia ter perdido o tal objeto extinto: envelope simples e com bordas nas cores da bandeira. Estranho OFNI (objeto físico não identificado) em sua maleta. Duas semanas e nada. No décimo quinto dia... lá estava a tão esperada resposta. Nada de caixinha ou Inbox. Veio por celular, um apito... e lá estava o SMS.

"Querida, só vi agora sua carta. Não tenho costume de pegar correspondência. Recebo tudo por e-mail. De contas até convites. Aconteceu algo com seu e-mail? Ou foi inspiração por ter visto de novo o seu filme predileto "Il Postino". Confesso que fiquei surpresa. Se estiver precisando de algum cara pra consertar seu computador, conheço um ótimo.” 

É confesso que consegui surpreender alguém... Mais ainda aguardo o dia que serei eu a surpreendida. 

Música ouvida durante o post:  Letter - Xavier Rudd
Foto de: http://www.flickr.com/photos/lowelisboa/